A presença da morte é um mensageiro da vida. Kerubino Procópio (2011).
- gestosfinais
- 16 de jul. de 2020
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Atualizado: 20 de nov. de 2022
Quando os escritos possibilitam boas reflexões acerca do seu trabalho. Meu pai, Kerubino Procópio, conseguiu, como sempre o fazia, perceber as nuances desses diálogos sobre a vida e a morte. Nesse sentido, escreveu: "Os doentes terminais, não costumam guardar segredos. Os fatos, nesta fase da doença, revelam dimensões diferentes. Quase tudo importa pouco. É um estágio da vida em que as pessoas se tornam mais livres dos afazeres do mundo e mais próximas dos haveres das eternidades".
Não há muito a acrescentar depois de tanta sabedoria em palavras. Mas, vou me arriscar a dizer que acompanhar os pacientes em seus momentos finais de vida é compreender as lacunas e fechamentos existenciais. Os fatos mundanos já não apresentam tantas importâncias, são despedidas sutis do tempo cronológico e entrega ao tempo cósmico de ser.
E por esse caminho, se vão e ao mesmo tempo se ficam!
Anna Valeska Procópio



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